quarta-feira, 8 de julho de 2015

Dique Do Tororó

O Dique do Tororó é o único manancial natural da cidade de Salvador, no estado da Bahia, no Brasiltombadopelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, comumente reduzido para Dique, que possui uma lagoade 110 mil metros cúbicos de água. É delimitada, atualmente, pelo bairro do Tororó em sua margem esquerda, pelo do Engenho Velho de Brotas em sua margem direita, ao Norte, pelo estádio Itaipava Arena Fonte Nova e, ao Sul, pelo bairro do Garcia.
É margeado pelas avenidas Presidente Costa e Silva e Vasco da Gama - que, ao Sul, convergem para a avenida Centenário e o Vale dos Barris.
Uma de suas principais características são as oito esculturas de orixás flutuando no espelho d'água do Dique do Tororó assinadas pelo artista plástico Tati Moreno, que são: Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iemanjá, Nanã e Iansã, conferindo à noite uma bela iluminação cénica.


Pelourinho

O Pelourinho, popularmente designado também como picota, é uma coluna de pedra colocada num lugar público de umacidade ou vila onde eram punidos e expostos os criminosos. Tinham também direito a pelourinho os grandes donatários, os bispos, os cabidos e os mosteiros, como prova e instrumento da jurisdição feudal.
Os pelourinhos foram, pelo menos desde finais do século XV, considerados o padrão ou o símbolo da liberdade municipal. Para alguns historiadores, como é o caso de Alexandre Herculano, o termo pelourinho só começa a aparecer no século XVII, em vez do termo picota, de origem popular. A partir dessa altura passou a ser apenas o marco concelhio. Antes dessa altura, segundo Herculano, o pelourinho era uma derivação, de costumes muito antigos, da erecção nas cidades do ius italicum das estátuas de Marsias ou Sileno, símbolos das liberdades municipais. Mas outros historiadores remetem para a Columna ou Columna Moenia romana, poste erecto em praça pública no qual os sentenciados eram expostos ao escárnio do povo.
Parece que antes do século XV terá havido algumas execuções nos pelourinhos. Mas a partir daí não há provas que tal sucedesse, pelo menos em relação às execuções capitais, que faziam na forca depois de ter sido exposto no pelourinho para conhecimento do povo.


Farol da Barra

No século XVII, o porto de Salvador era um dos mais movimentados e importantes do continente, e era preciso auxiliar as embarcações que chegavam à Baía de Todos os Santos em busca de pau-brasil e outras madeiras-de-lei, açúcaralgodãotabaco e outros itens, para abastecer o mercado consumidor europeu.
No fim desse século, após o trágico naufrágio do Galeão Santíssimo Sacramento, capitania da frota daCompanhia Geral do Comércio do Brasil, num banco de areia frente à foz do rio Vermelho, a 5 de maio de 1668, oForte de Santo Antônio da Barra foi reedificado a partir de 1696, durante o Governo Geral de João de Lencastre(1694-1702), vindo a receber um farol - um torreão quadrangular encimado por uma lanterna de bronzeenvidraçada, alimentada a óleo de baleia -, de acordo com o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o primeiro do Brasil e o mais antigo do Continente (1698), quando passou a ser chamado de Vigia da Barra ou de Farol da Barra.


Ponto Turístico

O Elevador Lacerda é um símbolo da cidade de dois andares chamada de Salvador, um dos mais conhecidos cartões portais da Bahia. Apesar de secular, é um conjunto moderno, que recebeu várias reformas ao longo dos anos.
Foi o primeiro elevador no mundo a servir de transporte público e o mais alto desse tipo, quando foi inaugurado, em 8 de dezembro de 1873, dia de N.S. da Conceição da Praia. A receita desse primeiro dia de funcionamento (477$800) foi doada ao Asilo dos Expostos da Santa Casa da Misericórdia.
Liga a Praça Tomé de Sousa, na Cidade Alta, à Praça Cayru, no bairro do Comércio. Possui duas torres, quatro cabines e 73,5 metros de altura. Tem capacidade total para 128 pessoas, nas quatro cabines, e a viagem dura 22 segundos. Transporta, em média, mais de 750 mil pessoas por mês, funcionando 24 horas por dia.
O uso de ascensores em Salvador é uma tradição secular. Já no início do século 17 usava-se uma espécie de guindaste para transportar mercadorias do porto à cidade alta. Outros elevadores e planos inclinados foram construídos na cidade posteriormente.
O Elevador Lacerda foi idealizado pelo empresário Antonio de Lacerda (1834-1885), construído com a ajuda de seu irmão, o engenheiro Augusto Frederico de Lacerda e financiado por seu pai Antônio Francisco de Lacerda. Os dois irmãos, Augusto e Antônio de Lacerda estudaram engenharia no tradicional Rensselaer Polytechnic Institute, em Nova York, mas Antônio retornou ao Brasil antes de completar o curso.
A construção foi iniciada em 1869, sendo um grande desafio de engenharia para a época. Foi necessário a perfuração de dois túneis em rocha, um vertical, para abrigar a primeira torre, e outro horizontal, para dar acesso à rua. Foi inaugurado em 1873, com o nome de Elevador Hydraulico da Conceição da Praia, com apenas uma torre, popularmente chamado de Elevador do Parafuso. Usava equipamentos da companhia inglesa Hoisting Machinery.
O Elevador da Conceição foi um sucesso da engenharia, mas não deu lucro ao seu criador. Em 1896, o Elevador passou a se chamar Elevador Antônio de Lacerda, por indicação do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Em 1906, foi reformado para adotar um sistema elétrico e sua torre tornou-se mais larga, na base.
A segunda torre (a que se projeta para a frente) foi inaugurada em 7 de setembro em 1930, juntamente com uma reforma geral, em que o conjunto arquitetônico ganhou seu estilo em art déco. Era uma condição para a concessão dos serviços a uma empresa estadunidense. As duas torres são ligadas por uma plataforma de 71 m de vão, que passa alto sobre a Ladeira da Montanha, outro grande desafio de engenharia do século 19.
A Otis participou da ampliação de 1930 com a instalação de dois ascensores. Em 1932, a empresa estadunidenseanunciou seu feito na Fortune Magazine, revelando que no primeiro dia de operação plena foram transportadas 24 mil pessoas.
Em 1955, o Elevador foi estatizado pela Prefeitura. Em 1º de julho 1961, novos elevadores da Otis foram inaugurados, mais rápidos e dobrando a capacidade por cabine de 16 para 32 pessoas. Em 2006, foi tombado pelo Iphan.